Oi meu querido aveludado,
primeiramente, desculpas, por não ter dado a seqüência no dia posterior, mas é que muitas coisas aconteceram e desde então, meu tempo reduzio muito e quase não tenho tido paciência pra falar sobre minha vida, também ela não anda muito boa mesmo...
Mas bem, onde foi que nós paramos mesmo...?? Aah, lembrei-me, foi na parte em que eu disse que a Jéssi tava grávida não foi? Pois bem, continuando...
Não me lembro ao certo a data do dia em que tudo isso aconteceu, so me lembro que na noite em que recebi a notícia, estava na estação das docas tomando sorvete com um amigo, quando meu celular toca, era a Tati com a voz frenética falando que tinha uma bomba pra me contar. Sem saber muito como me dizer a notícia ela dispejou de uma vez só: -"A jéssica tá grávida", por meio minuto fiquei em silêncio, estática, paralisada na cadeira, sem reação alguma, só tentando entender dimensão da gravidade dessa noticia, no outro lado da linha, Tati tentava saber se eu tinha desmaiado ou não!
Ja deu pra perceber que não demorei nem 10 minutos pra sair correndo de onde eu estava e ir voando pra casa da Tati onde o Jorge me ligara assim que cheguei, na verdade ele queria me dar a notícia mas nuna conseguia encontrar um jeito de me dizer, ele ta fazendo faculdade em Curitiba e a ligação não é muito barata, e também eu não parava em casa. Foi a própria Jessica contou pra ele. Entre a conversa no telefone da casa da Tati, ele me disse que a nossa irresponsável jovem mamãe tava querendo fazer uma besteira maior ainda do que essa ja feita, uma coisa que nem eu, Jorge, Tati ou Renata suportávamos só de pensar, até o Bruno, o amigo que estava comigo la na estação rejeitava essa hipótese. Entendo que na cabeça de alguém que está desesperada pra solucionar um problema deva passar medidas desesperadas, mas nada como isso, nada tão asqueroso, horrivel e egoísta, nada assim tão sem falta de Deus no pensamento...
A grande besteira que ela queria fazer era acabar de uma vez com isso sem que ninguém de sua família soubesse com um ato tão odiado por mim e pelos meus amigos quanto abandonar uma criança indefesa em qualquer lugar. Jéssica queria abortar! Foi ai que depois que ele acabou de falar essa frase meu sentimento era vazio. Não pude entender como ela foi capaz de pensar numa coisa dessas, mesmo estando nesse desespero todo, mesmo sem saber o que fazer, ela não tinha o direito de tirar a vida de ninguém, muito menos do seu próprio filho e parece que ela ja tinha tomado a decisão.
Então não me restava nenhuma outra saída, eu tinha e era forçada a fazer alguma coisa em defesa dessa vida que tava ali dentro dela e que não tinha culpa nenhuma da burrada que ela e o demente do namorado dela haviam feito! Resolvi sair pra conversar com ela a respeito disso, no dia seguinte peguei o carro, fui na casa dela praticamente a obriguei a ir comigo. Fomos pra estação, o mesmo lugar em que recebi a notícia era o mais aprópriado pra conversar com ela a respeito disso, e durante o caminho, falamos um pouco (nada muito relevante) sobre a situação da nossa amizade (entre eu, ela e a Renata). Tentei, fiz de tudo pra convence-la a não fazer essa mosntruosidade, mas depois de tudo o que tinha sido dito vi que a opinião dela não mudará como havia planejado, naquela altura a preocupação em não deixar mais ninguém tomar parte disso era tão grande que mesmo esse ato condenativo era o melhor convite para que tudo ficasse bem, pelo menos pra ela. O que ela não levava em conta era o quanto isso ia mudar a vida dela pra sempre, assim como ter a criança. Abortar não é só tomar um remédiozinho e pronto, é ter que suportar dores, agonisar, ter febre, sangrar como nunca na vida, e no final, ela poderia não só ter tirado uma parte dela, mas poderia ter morrido, e como se não fosse o suficiente, se ela fizesse isso teria uma possibilidade muito grande do feto não sair e de crecer com anomalias.
Fato mais inconseqüênte que tranzar sem camisinha e sem ter tomado anti-concepcionais era essa de pensar que aborto é o melhor caminho. Além do mais, os pais dela não sabiam de nada e ela tava querendo fazer tudo isso escondida (como se fosse possivel passar dias sangrando e morrendo de dor sem que alguém percebesse).
Foi ai que tive que me intrometer mais do que o necessário, dei a ela uma chance de contar pros pais, se eu não consegui tiratr essa maldita idéia da cabeça dela, não sou eu quem vai acobertar essa atrocidade, nem dar motivos para que pensem que eu ainda estava ajudando, ficando calada. Uma semana, foi o prazo que eu estipulei para que ela revelace a gravidez pra sua mãe, coisa que, lógicamente, ela não fez!
Também não me lembro a data desse dia, mas foi numa quinta-feira a noite que resolvi ir na casa dela e contar eu mesma para Dona Claudete (mãe da Jessi) o que realmente estava acontecendo com sua filha, e foi nessa hora que nós duas, Jéssica e eu, brigaamos, e brigamos feio.
Muitas coisas foram ditas, eu a chamava de irresponsável e egoista, ela me chamando de intrometida e dizendo que não precisava de ajuda nenhuma, muito menos a minha. Os gritos e intonações altos expulsaram Dona Claudete de dentro da casa pra fente do portão, lugar de onde Jessi não me deixava passar, e foi ali mesmo que contei pra mãe dela, uma posição terrivel eu sei, mas não havia outra escolha, eu não podia entrar, a jovem mãe irresponsavel não permitia.
Enquanto eu contava tudo pra mãe dela, Jessi começará a chorar agarrada no portão, e como se não fosse muito, Ronny, o namorado demente saí de dentro da casa depois de me escutar falando que se ele amsse ela (Jessi) de verdade, a primeira coisa que teria feito era ter pego na mão dela e na frente dos pais dela, falaria que assumiria a criança junto com ela. Ja deu pra perceber que ele não gostou muito neh? Pois é, o olhar dele parecia de alguém que se tivesse a oportunidade, me esganava ali mesmo.
Depois de tudo, falei pra Dona Claudete que no que ela precisasse de ajuda, poderia contar incondicionalmente comigo pro que quer que fosse, pedi mil desculpas por ter causado qualquer tipo de dificuldade e por ter dado a notícia daquele jeito, mas ela so me agradeceu por ter tomado essa atitude e me deu um abraço de mãe grata! Sai da casa da Jessi perdida em prantos, soluçando, e totalmente sem rumo, desci a rua dela atravessando a rua que corta, paragominas, na esquina da rua de baixo tinha um caminhão onde me afaguei e fiquei ali encostada nele por mais de 1 hora chorando, pegando chuva, sem ter coragem nem condições de andar e aparecer na esquina da casa dela (tinha medo e receio de que ela me visse e quisesse discutir novamente),
tentei passar pra rua da Renata por trás do final da rua dela, mas tava muito escuro e tinha muito mato, então resolvi voltar.
Com os braços cruzados no peito, de cabeça baixa e ofegante, subia a parte final da rua da Jessi, desorientada, e quando chego na metade da rua, um lindo anjo apareceu na minha frente, cercado de cuidados e sem entender o porque deu estar ali, naquela hora e naquele estado, ele só me envolve no seu abraço e eu, sufocada de aflito e agustia desabo mais uma vez, mas agora com um anjo me abraçando. Ele me olha com cautela, como se estivesse me examinando a procura de uma resposta, seus lindos olhos claros me acalmando em silêncio, eu não consegui parar de soluçar, nem conseguia respirar, ele então vestiu sua roupa de príncipe, pegou minha mão, me colocou junto ao corpo dele e me levou até a frente da sua casa, me trouxe um copo d'água e ficou me olhando, com o ar de preocupação!
Um lindo anjo-príncipe que Deus colocou no meu caminho, bem no momento em que eu mais precisava. Um anjo que se chama Ciro. O meu príncipe.
Conversamos por muito tempo, ele do meu lado me acalmando, eu me encantando cada vez mais com aqueles olhos claros. Incrível como ele conseguiu me desprender, pelo tempo que eu tava com ele, de toda a dor que eu tava sentindo, com sua voz paciva apoiando a minha atitude com relação a Jessi. Foi o primeiro que me disse todas as coisas que me deram paz daquela noite em diante.
O meu lindo príncipe me consolava só com sua presença, e ele não me deixou sair dali enquanto não estivesse plenamente bem.
Mas isso eu conto no próximo post esta bem?!
Vou tentar comer alguma coisa, antes que minha mãe brigue por mais esse motivozinho...
Até mais meu querido aveludado...
=*
primeiramente, desculpas, por não ter dado a seqüência no dia posterior, mas é que muitas coisas aconteceram e desde então, meu tempo reduzio muito e quase não tenho tido paciência pra falar sobre minha vida, também ela não anda muito boa mesmo...
Mas bem, onde foi que nós paramos mesmo...?? Aah, lembrei-me, foi na parte em que eu disse que a Jéssi tava grávida não foi? Pois bem, continuando...
Não me lembro ao certo a data do dia em que tudo isso aconteceu, so me lembro que na noite em que recebi a notícia, estava na estação das docas tomando sorvete com um amigo, quando meu celular toca, era a Tati com a voz frenética falando que tinha uma bomba pra me contar. Sem saber muito como me dizer a notícia ela dispejou de uma vez só: -"A jéssica tá grávida", por meio minuto fiquei em silêncio, estática, paralisada na cadeira, sem reação alguma, só tentando entender dimensão da gravidade dessa noticia, no outro lado da linha, Tati tentava saber se eu tinha desmaiado ou não!
Ja deu pra perceber que não demorei nem 10 minutos pra sair correndo de onde eu estava e ir voando pra casa da Tati onde o Jorge me ligara assim que cheguei, na verdade ele queria me dar a notícia mas nuna conseguia encontrar um jeito de me dizer, ele ta fazendo faculdade em Curitiba e a ligação não é muito barata, e também eu não parava em casa. Foi a própria Jessica contou pra ele. Entre a conversa no telefone da casa da Tati, ele me disse que a nossa irresponsável jovem mamãe tava querendo fazer uma besteira maior ainda do que essa ja feita, uma coisa que nem eu, Jorge, Tati ou Renata suportávamos só de pensar, até o Bruno, o amigo que estava comigo la na estação rejeitava essa hipótese. Entendo que na cabeça de alguém que está desesperada pra solucionar um problema deva passar medidas desesperadas, mas nada como isso, nada tão asqueroso, horrivel e egoísta, nada assim tão sem falta de Deus no pensamento...
A grande besteira que ela queria fazer era acabar de uma vez com isso sem que ninguém de sua família soubesse com um ato tão odiado por mim e pelos meus amigos quanto abandonar uma criança indefesa em qualquer lugar. Jéssica queria abortar! Foi ai que depois que ele acabou de falar essa frase meu sentimento era vazio. Não pude entender como ela foi capaz de pensar numa coisa dessas, mesmo estando nesse desespero todo, mesmo sem saber o que fazer, ela não tinha o direito de tirar a vida de ninguém, muito menos do seu próprio filho e parece que ela ja tinha tomado a decisão.
Então não me restava nenhuma outra saída, eu tinha e era forçada a fazer alguma coisa em defesa dessa vida que tava ali dentro dela e que não tinha culpa nenhuma da burrada que ela e o demente do namorado dela haviam feito! Resolvi sair pra conversar com ela a respeito disso, no dia seguinte peguei o carro, fui na casa dela praticamente a obriguei a ir comigo. Fomos pra estação, o mesmo lugar em que recebi a notícia era o mais aprópriado pra conversar com ela a respeito disso, e durante o caminho, falamos um pouco (nada muito relevante) sobre a situação da nossa amizade (entre eu, ela e a Renata). Tentei, fiz de tudo pra convence-la a não fazer essa mosntruosidade, mas depois de tudo o que tinha sido dito vi que a opinião dela não mudará como havia planejado, naquela altura a preocupação em não deixar mais ninguém tomar parte disso era tão grande que mesmo esse ato condenativo era o melhor convite para que tudo ficasse bem, pelo menos pra ela. O que ela não levava em conta era o quanto isso ia mudar a vida dela pra sempre, assim como ter a criança. Abortar não é só tomar um remédiozinho e pronto, é ter que suportar dores, agonisar, ter febre, sangrar como nunca na vida, e no final, ela poderia não só ter tirado uma parte dela, mas poderia ter morrido, e como se não fosse o suficiente, se ela fizesse isso teria uma possibilidade muito grande do feto não sair e de crecer com anomalias.
Fato mais inconseqüênte que tranzar sem camisinha e sem ter tomado anti-concepcionais era essa de pensar que aborto é o melhor caminho. Além do mais, os pais dela não sabiam de nada e ela tava querendo fazer tudo isso escondida (como se fosse possivel passar dias sangrando e morrendo de dor sem que alguém percebesse).
Foi ai que tive que me intrometer mais do que o necessário, dei a ela uma chance de contar pros pais, se eu não consegui tiratr essa maldita idéia da cabeça dela, não sou eu quem vai acobertar essa atrocidade, nem dar motivos para que pensem que eu ainda estava ajudando, ficando calada. Uma semana, foi o prazo que eu estipulei para que ela revelace a gravidez pra sua mãe, coisa que, lógicamente, ela não fez!
Também não me lembro a data desse dia, mas foi numa quinta-feira a noite que resolvi ir na casa dela e contar eu mesma para Dona Claudete (mãe da Jessi) o que realmente estava acontecendo com sua filha, e foi nessa hora que nós duas, Jéssica e eu, brigaamos, e brigamos feio.
Muitas coisas foram ditas, eu a chamava de irresponsável e egoista, ela me chamando de intrometida e dizendo que não precisava de ajuda nenhuma, muito menos a minha. Os gritos e intonações altos expulsaram Dona Claudete de dentro da casa pra fente do portão, lugar de onde Jessi não me deixava passar, e foi ali mesmo que contei pra mãe dela, uma posição terrivel eu sei, mas não havia outra escolha, eu não podia entrar, a jovem mãe irresponsavel não permitia.
Enquanto eu contava tudo pra mãe dela, Jessi começará a chorar agarrada no portão, e como se não fosse muito, Ronny, o namorado demente saí de dentro da casa depois de me escutar falando que se ele amsse ela (Jessi) de verdade, a primeira coisa que teria feito era ter pego na mão dela e na frente dos pais dela, falaria que assumiria a criança junto com ela. Ja deu pra perceber que ele não gostou muito neh? Pois é, o olhar dele parecia de alguém que se tivesse a oportunidade, me esganava ali mesmo.
Depois de tudo, falei pra Dona Claudete que no que ela precisasse de ajuda, poderia contar incondicionalmente comigo pro que quer que fosse, pedi mil desculpas por ter causado qualquer tipo de dificuldade e por ter dado a notícia daquele jeito, mas ela so me agradeceu por ter tomado essa atitude e me deu um abraço de mãe grata! Sai da casa da Jessi perdida em prantos, soluçando, e totalmente sem rumo, desci a rua dela atravessando a rua que corta, paragominas, na esquina da rua de baixo tinha um caminhão onde me afaguei e fiquei ali encostada nele por mais de 1 hora chorando, pegando chuva, sem ter coragem nem condições de andar e aparecer na esquina da casa dela (tinha medo e receio de que ela me visse e quisesse discutir novamente),
tentei passar pra rua da Renata por trás do final da rua dela, mas tava muito escuro e tinha muito mato, então resolvi voltar.
Com os braços cruzados no peito, de cabeça baixa e ofegante, subia a parte final da rua da Jessi, desorientada, e quando chego na metade da rua, um lindo anjo apareceu na minha frente, cercado de cuidados e sem entender o porque deu estar ali, naquela hora e naquele estado, ele só me envolve no seu abraço e eu, sufocada de aflito e agustia desabo mais uma vez, mas agora com um anjo me abraçando. Ele me olha com cautela, como se estivesse me examinando a procura de uma resposta, seus lindos olhos claros me acalmando em silêncio, eu não consegui parar de soluçar, nem conseguia respirar, ele então vestiu sua roupa de príncipe, pegou minha mão, me colocou junto ao corpo dele e me levou até a frente da sua casa, me trouxe um copo d'água e ficou me olhando, com o ar de preocupação!
Um lindo anjo-príncipe que Deus colocou no meu caminho, bem no momento em que eu mais precisava. Um anjo que se chama Ciro. O meu príncipe.
Conversamos por muito tempo, ele do meu lado me acalmando, eu me encantando cada vez mais com aqueles olhos claros. Incrível como ele conseguiu me desprender, pelo tempo que eu tava com ele, de toda a dor que eu tava sentindo, com sua voz paciva apoiando a minha atitude com relação a Jessi. Foi o primeiro que me disse todas as coisas que me deram paz daquela noite em diante.
O meu lindo príncipe me consolava só com sua presença, e ele não me deixou sair dali enquanto não estivesse plenamente bem.
Mas isso eu conto no próximo post esta bem?!
Vou tentar comer alguma coisa, antes que minha mãe brigue por mais esse motivozinho...
Até mais meu querido aveludado...
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